Martha Argerich
TOTEMICA
Totemica estava parada
ali
no meio de um pensamento absolutamente estarrecedor
Não fora um vento forte sacudindo seus segredos
ela não se daria um minuto de trégua
trabalharia naquela orgia ideal
trabalharia naquela orgia ideal
até esgotar a última centelha dos ânimos
Sonhos invertidos Insensatos beijos
Sonhos invertidos Insensatos beijos
Meses
Leves aromas idiomáticos
Arrebatadores lábios nos espelhos
Arrebatadores lábios nos espelhos
Nenúfares
Luminares
Quadrúpede Alazão Pégaso do sertão Asas da sonhação
Luminares
Quadrúpede Alazão Pégaso do sertão Asas da sonhação
Alarme
Valei-me
Ela pensava
Pensava nela longe dela não por ela nem para ela
Através dela
Valei-me
Ela pensava
Pensava nela longe dela não por ela nem para ela
Através dela
Totemica dançava
Ali
Parada
no meio do redemoinho
d’aquilo que guarnecia ventania de pensamentos
Sorria sozinha
para fora
e
Ali
Parada
no meio do redemoinho
d’aquilo que guarnecia ventania de pensamentos
para fora
e
para dentro
Como se conversassem consigo
Quantos enamoramentos
Mesmo que fosse
apenas o atrito do pensamento no pensamento
pensamento contra pensamento
Como se conversassem consigo
Quantos enamoramentos
Mesmo que fosse
apenas o atrito do pensamento no pensamento
pensamento contra pensamento
pensamento sobre pensamento
pensamento querendo pensar menos pensamentos
desejando um só pensamento
pensamento querendo pensar menos pensamentos
desejando um só pensamento
nenhum pensamento
Voadores os pensamentos
Voadores os pensamentos
aviões andorinhas gaviões dumbos gafanhotos
as alegres comadres de wind surf
aparelhagens confusas das risadas domésticas
específicas descobertas
extremas nervuras das américas lineares...
as alegres comadres de wind surf
aparelhagens confusas das risadas domésticas
específicas descobertas
extremas nervuras das américas lineares...
...pisadas convalescentes do ódio ... quantas reticências...
quantas anedotas... quantas esperanças ...
etcé... terás... pensou totemica pensou pensou pensou
quantas anedotas... quantas esperanças ...
etcé... terás... pensou totemica pensou pensou pensou
alguém já se pensou assim? totem dos pensamentos?
Um mico dialógico
Um mico dialógico
A campainha toca
Totemica vira outra
atravessa os pensamentos quase num esforço milagroso
um Moisés abrindo o mar
e não atraveeeeeeeesssssá-lo?
e não atraveeeeeeeesssssá-lo?
andando pela sala procurando a porta e o juízo
e pensando
será a vizinha?
quem se avizinha?
virá pedir?
o quê?
um pouquinho...
Já são quase as horas certas para alguma coisa incerta
A buzina de um carro estampou a imagem de uma amiga
daquela que ela saía sempre às 16 horas
saia justa blusas frouxas
tamancos altos pretos ou vermelhos
brincos de argolas
A estampa se multiplicou em ciganas desvendadas
dadaísmos urbanos
indecentes dadivosos duvidosos
indefesos invisíveis impalpáveis
e pensando
será a vizinha?
quem se avizinha?
virá pedir?
o quê?
um pouquinho...
Já são quase as horas certas para alguma coisa incerta
A buzina de um carro estampou a imagem de uma amiga
daquela que ela saía sempre às 16 horas
saia justa blusas frouxas
tamancos altos pretos ou vermelhos
brincos de argolas
A estampa se multiplicou em ciganas desvendadas
dadaísmos urbanos
indecentes dadivosos duvidosos
indefesos invisíveis impalpáveis
A campainha insiste
Totemica toma um gole de susto e volta
procura a chave da porta da outra porta e gira
sem esquecer do momento quando procurava este apartamento
como imaginava diferente disto que acabou querendo
e pensando que era este mesmo
que já constava no mapa dos seus pensamentos
o endereço do esquecimento
Totemica abre
finalmente
a porta
a de dentro
e se depara com mais um pensamento
em pessoa
não sabia definir se era um homem ou uma mulher
uma pessoa inédita e autoritária
presença real
tão nítida quanto inacessível
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo
Mas que não esteja tão próximo
nem sequer do mais distante e
se mesmo se mesmo se mesmo... o quê?
Era um dia
tão distante
de que mesmo?
e o que mais?
apenas uma pessoa em pensamentos palavras e gestos
e meros objetos de contemplação...
procura a chave da porta da outra porta e gira
sem esquecer do momento quando procurava este apartamento
como imaginava diferente disto que acabou querendo
e pensando que era este mesmo
que já constava no mapa dos seus pensamentos
o endereço do esquecimento
Totemica abre
finalmente
a porta
a de dentro
e se depara com mais um pensamento
em pessoa
não sabia definir se era um homem ou uma mulher
uma pessoa inédita e autoritária
presença real
tão nítida quanto inacessível
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo
Mas que não esteja tão próximo
nem sequer do mais distante e
se mesmo se mesmo se mesmo... o quê?
Era um dia
tão distante
de que mesmo?
e o que mais?
apenas uma pessoa em pensamentos palavras e gestos
e meros objetos de contemplação...
A campainha mais uma vez
Totemica Totemica
Cadê a expressão
O gosto pelo outro lado do tempo
o outro tempo do mundo
das coisas cotidianas e habituais
como um simples atendimento a uma porta
um simples dizer boa tarde
seja quem for
o que quer de mim?
o que veio fazer aqui?
Não importa que batam na porta
Não quero ouvir o bater na porta
Não sei o que dizer ao abrir a porta
E assim o mundo começou
quando sentiu
o peso da corporeidade
tramando a convicção de que se existe
sem querer dizer
filosoficamente
não queria existir não queria pensar não queria ser
mas quando queria sexo...
ou tentava matar a fome...
pensava?
teria o mundo para matar a fome do mundo?
o mundo se arma se ama senhalma ah aha ahaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh
se tudo coubesse dentro
e se o que ficasse de fora fosse o seu lugar
seu lar
seu apego ao contra tempo
Relento
TOTEMICA PENSA
o pensamento suspenso
em voz alta:
e tudo foi acontecendo
Cadê a expressão
O gosto pelo outro lado do tempo
o outro tempo do mundo
das coisas cotidianas e habituais
como um simples atendimento a uma porta
um simples dizer boa tarde
seja quem for
o que quer de mim?
o que veio fazer aqui?
Não importa que batam na porta
Não quero ouvir o bater na porta
Não sei o que dizer ao abrir a porta
E assim o mundo começou
quando sentiu
o peso da corporeidade
tramando a convicção de que se existe
sem querer dizer
filosoficamente
não queria existir não queria pensar não queria ser
mas quando queria sexo...
ou tentava matar a fome...
pensava?
teria o mundo para matar a fome do mundo?
o mundo se arma se ama senhalma ah aha ahaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh
se tudo coubesse dentro
e se o que ficasse de fora fosse o seu lugar
seu lar
seu apego ao contra tempo
Relento
TOTEMICA PENSA
o pensamento suspenso
em voz alta:
e tudo foi acontecendo
aos poucos
E tu?
Nem vias
meus olhos náufragos
Não me olhes assim
Nem me ocorre como poderias
Perdi o controle a bolsa qualquer possibilidade
Perdi o ninho o leite e a vergonha
O que se vê entre
Corria desenhando riscos
O que se vê entre
Corria desenhando riscos
Venceram forças ocultas
Tantas bobagens alicerçadas
Tantas bobagens alicerçadas
Sombrios os dias
Apaziguadas as horas
Em nenhum momento vinhas
Tantos mares desperdiçados e nenhum olhar à vista
O pensamento finalmente dorme e se espreguiça entre estáticos pontos de esquecimentos
No fundo opaco enganador aquele vulto escandido e navo resplandescente como um grito no escuro
uma carícia não identificada
uma carícia não identificada
Só o rastro
Bandido das coisas perdidas
Furtiva amada menino astuto vestal criança
olhar de espanto
complacências
Quadros se superpõem aos livros
olhar de espanto
complacências
Quadros se superpõem aos livros
frases inteiras com a estética do latim
A campainha parou de tocar
Não se tem ideia de quando parou
Qual bobagem se expandiu
através da escuta da campainha que tocava
Ninguém ouviu quando alguém gritava
Abra a porta Abra a porta por favor Quero falar com você se não for você a pessoa com quem eu quero falar
Abra a porta Abra a porta por favor Quero falar com você se não for você a pessoa com quem eu quero falar
onde posso encontrar a pessoa com quem quero falar
Totemica vivia indiferente a estes tipos de sinal
Totemica se espreguiçava dentro e fora do pensar
Esticava os músculos do pensamento
somente para executar um demi-plié
com a finalidade de louvar os falantes da língua Keruaque
só porque
publicaram as "odes obscenas nas janelas do crânio"
Totemica se espreguiçava dentro e fora do pensar
Esticava os músculos do pensamento
somente para executar um demi-plié
com a finalidade de louvar os falantes da língua Keruaque
só porque
publicaram as "odes obscenas nas janelas do crânio"
Isso a livraria dos abusos da sobrevivência
e poderia significar a loucura literária insana
pois é daí que também se escava a matéria prima do sentido até a significação mortal e ao mesmo tempo toda a possibilidade de vida que em si mesma não significa nada
que quer dizer significa nada?
pois é daí que também se escava a matéria prima do sentido até a significação mortal e ao mesmo tempo toda a possibilidade de vida que em si mesma não significa nada
que quer dizer significa nada?
não significa nem sequer nada
LÓVEME LÁVEME LÚVREME LÉVEME
daqui
daqui
Umas flores
Quaisquerrrrrrrrrrrrr bombons
Naturalmente sofro e não de onde o nascente querer
Naturalmente como como
Tenho pensado nisso constantemente e não encontro vestígios de tão árdua execução do intelecto
Pois considero tuas carícias
verdadeiras pérolas da disposição humana para a inquietação
Quem nos viu naquele instante de inquietante sofrimento
Quem adivinharia o incômodo
Talvez apontasse o diafragma querendo pontuar o buraco
Mas não
Somos uma criança perdida com o endereço no bolso
Assim...
Assim...
Vejo crescerem os motivos de arrependimento sempre que penso nos atos desperdiçados
nas enganosas indicações de que mesmo?
de quando em quando...
e
BASTA
nas enganosas indicações de que mesmo?
de quando em quando...
e
BASTA
Pare de rir de rir de rir de rir
Pare de mim de mim de mim
Para de viver
Para de morrer
Para o mundo que eu quero descer
Já li e ouvi esta frase em algum lugar
Para o mundo que eu quero subir
Diria eu
Se eu encontrasse o ponto de parada do mundo
Mas o mundo não é um ônibus
É um navio
Eu não sei nadar
Fui criada dos riscos
Atravessando as ilusões mais sutis pensava que entendia a vida como aquela árvore que cresce sem falar
Olho
Olho
Pela janela a noite continua a mesma
Não a noite
Eu
Continuo
A mesma
Não ouso tocar nesta serenidade
A mesma
Não ouso tocar nesta serenidade
Ignoro esse barulho
O que é que não foi?
Isto importa
Mesmo assim continua sendo irrelevante
Isto importa
Mesmo assim continua sendo irrelevante
É tão carinhoso ser apanhada de surpresa pela vida
(...)
de repente
Risos de felicidades
E eu me pergunto
??????????????????????????????????????????
E não me respondo
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Ontem
Fiquei horas a perguntar de uma extremidade
Há outra
Há outra
Procurei exaustivamente por uma síntese
Um sossego
Uma centra----------------------------------------------------------L-
-------------------------------idade
Porém
Porém
Uma obstinação pelos cantos
Pelas linhas divisórias arrepiantes dos desenhos que fazem silhuetas em noites mal iluminadas despertam muito mais curiosidades
Pé ante pé diante de mim
Às vezes me assusto
Às vezes me acaricio
Algumas vezes penso que sou, como a maioria das gentes,
Algumas vezes penso que sou, como a maioria das gentes,
quem traduz com a máxima fidedignidade o sofrimento alheio somente para esquecer a enorme decepção de ter apenas uma dor singular tantas vezes sem eco sem solidariedade
Uma dor abafada que se omite que se evita
Com a qual nada se faz a não ser deixar
Quantas vezes ficarei assim?
Conto os minutos como se o tempo preciso pudesse
caber em qualquer tempo
caber em qualquer tempo
Faz um século
Faz um segundo
Faz qualquer coisa pra ficar assim
Faz muito frio aqui
Foram as últimas frases que ouvi de seus lábios
Faz muito tempo
Ainda não pensava em suicídio
Nem gostava de chicletes
Parece que foi ontem
Foram as únicas frases com as quais usei meu pensamento enquanto seus lábios pronunciavam as últimas frases
Ainda lembro aquele olhar
Além fixo
Aquém imóvel
Não me sai da cabeça aquela imagem
Meus olhos nem mais descansam
Mal distinguem longe-perto mal
durmo
As lágrimas escorrem 4 a quatro
Estações emocionais exercendo expressividades
Visões de espaços interiores onde pululam incessantemente as mais variadas formas de vidas inventadas
Vertigens
Parâmetros passionais
E ninguém
Ninguém mesmo inventou coisa alguma depois que
Que o mundo ficou dando as sua voltas
Amor bem que anoiteceu
Estávamos precisando deste sereno lá na pista
Quando as luzes se acendem compondo a paisagem dos edifícios quem pensaria nos amantes? E nas empregadas domésticas?
Quem pensaria nas crianças que iriam dormir?
Os pais
chegariam do trabalho?
Quem pensaria nas crianças que iriam dormir?
Os pais
chegariam do trabalho?
Não penso na família
Penso no que ouvi de um passageiro no ônibus 136
RODOVIÁRIA / COPACABANA:
"Só acredito no que sinto quando dói"
"Só acredito no que sinto quando dói"
Meu sono não cabe na minha cama
Meu tempo não cabe no relógio
Aí me espalho
Sonho
Acordo no meio da noite
ONDE - FICA - O - MEIO - DA - NOITE?????
Vire-se
Quero ver minha própria boca articulando cada sílaba desse diálogo imaginário como se eu fosse…
Eu sou nós
entende?
Eu sou voz
entende?
O por do sol cai nas minhas convicções
Quando a noite chega eu começo a pensar nos medos de tudo
de como a noite nos engole com sua boca enorme de raiva e desejos
de como a noite nos engole com sua boca enorme de raiva e desejos
EhhhhhhhhhhrrrrrrrrrreeeeeeeeeeJe!
Oh noite tão longa
Oh noite tão longa
Tem noites que dá uma tristeza tão grande
Por que?
Por que penso tanto?
Até de madrugada aquela voz cava esse desejo sem fim
Minha cabeça gira e meu olhar desliza por um fio
atravessa paredes
atravessa paredes
Um bicho feroz atravessa na direção desse olhar
Rompem vesúveis sinais visíveis intensamente iráveis
noites intactas em claro
noites intactas em claro
Não posso esconder isso
Esse
desejo em mim
fecho gavetas apago impressões
negócios
conselhos de esquecer
dou gargalhadas ao vento
Tento
Na direção desse olhar tem um bicho feroz
Acordei e era belo aquele gosto de beijo na boca
enquanto o sol batia despudoradamente nas vidraças espreguiçava olhava
enquanto o sol batia despudoradamente nas vidraças espreguiçava olhava
As festas das frestas
Sorria Sorria
Arrebatadores risos sacudindo os seios
Sorria Sorria
Arrebatadores risos sacudindo os seios
Tudo era apenas formas de passar à margem do óbvio
Olhei de lado
Completamente cinza o traço
Flores Arcos Dobras Cacos Revistas
Havia um prazer convulso por ter acordado
Sempre me surpreende estar
Olho ao longe sem
olhar
Até desenrolar todos os sentidos
Até onde podem ir os pensamentos?
As tardes caem? As noites descem?
As tardes caem? As noites descem?
Olho
de perto acerto
de perto acerto
Abertas mãos à obra
Mãos medrosas
Ao alto
Mãos medrosas
Ao alto
Abro as pernas
UM TREM PASSA RÁPIDO
UM TREM PASSA RÁPIDO
Puxo as cobertas que sono pesado meu deus se alguém fechasse as cortinas (...) esse beijo estranho na boca que música é essa?
Vem de dentro
Virá de fora
HOJE O CORAÇÃO FERE A RAZÃO
Acordei com um belo de um beijo na boca
Impaciente com tudo irrita-me sobretudo passar pasta na escova de dentes este frio que não passa basta! Besta! Estou uma pilha
merde!
Ainda bem que encontrei este cigarro
Que me resta senão abrir janelas à arquitetura dos planetas
à mixagem dos sons urbanos
como se fossem carícias próximas dos pensamentos
razões silenciosas
auto--crítica-do amor-puro
Sujai a lógica
Estética exuberante
CAVALO CAVALO CAVALO
Artigos à vulso Vespertinas notas de cristal
Impaciente com tudo irrita-me sobretudo passar pasta na escova de dentes este frio que não passa basta! Besta! Estou uma pilha
merde!
Ainda bem que encontrei este cigarro
Que me resta senão abrir janelas à arquitetura dos planetas
à mixagem dos sons urbanos
como se fossem carícias próximas dos pensamentos
razões silenciosas
auto--crítica-do amor-puro
Sujai a lógica
Estética exuberante
CAVALO CAVALO CAVALO
Artigos à vulso Vespertinas notas de cristal
ZummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmBiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiDooooooos
Idos zuns bis uns is zabumbas e olhos giram sugando
estrelas
solitárias voltas em vãos
estrelas
solitárias voltas em vãos
Sois como a noite!
Gritou uma voz aqui dentro
Um ruído estranho no peito
Gritou uma voz aqui dentro
Um ruído estranho no peito
Não não temas tens que tens que...
perdida voz no peito
perdida voz no peito
Aqui dentro habitas somente aqui dentro
Lá fora FALTAS
Lá fora FALTAS
És toda minha aqui dentro
Lá fora silennnnnnnnnnncias
Lá fora silennnnnnnnnnncias
Passei esta noite em claro doía muito
A cada sonho em que passavas beijavas beijavas beijavas
Ninguém me disse vá embora
Não chegou à casa nenhuma notícia extra vagante
Mas fiquei problemática
O dia passou com uma cara de ausência
Você saiu pelos corredores e eu me salvei na ilha do pensamento Bati em portas que seriam herméticas
se
já não estivessem tão forçadas
Mas fiquei problemática
O dia passou com uma cara de ausência
Você saiu pelos corredores e eu me salvei na ilha do pensamento Bati em portas que seriam herméticas
se
já não estivessem tão forçadas
Fuja!
Foi tudo quanto meu pensamento conseguiu articular
para o lado de lá sublinhando aquela criatura sem destino
Foi tudo quanto meu pensamento conseguiu articular
para o lado de lá sublinhando aquela criatura sem destino
Não
Ela não tem culpa mas está nula
Francamente sua tola
Você se impressiona com tudo que se movimenta lá fora
Ela não tem culpa mas está nula
Francamente sua tola
Você se impressiona com tudo que se movimenta lá fora
E se? E se?
E se...
Para de pensar Para de pensar
Há séculos comecei a criar este país de ilusões
Lembro-me bem quando foram inauguradas
as primeiras fábricas de carícias
as primeiras fábricas de carícias
ah! Como sorria ali sozinha naquela poltrona perto do rádio
E você viajava sem memória
só através das imagens instantâneas
só através das imagens instantâneas
eu percebia de longe não conseguia parar de olhar
ficava acompanhando a linearidade da sua postura
O quê?
O quê?
A linearidade da sua postura
às vezes os dedos brincavam nos braços da poltrona
eu fixava tais inexpressívos movimentos como se traçassem bailarinos no palco
O que?
Como se traçassem bailarinos no palco
O que?
Como se traçassem bailarinos no palco
Por essas coisas pensei que teríamos sido feitas
uma para a outra
uma para a outra
uma para a outra
somente eu conhecia a singularidade de tantas coisas
sem importância
sem importância
nem uma vez me impacientei com seu olhar de vidro
às vezes sorríamos dávamos rascantes gargalhadas
nesses instantes nossa existência ganhava sentidos
extras... cardinários...
BASTA
As horas passavam não o tempo
extras... cardinários...
BASTA
As horas passavam não o tempo
Quem haveria de entender a lógica das datas que regulam a chegada de cartas contas folhetos convites etc. etc. etc.
Perguntávamos ao mesmo tempo: Você passa?
Numa dessas ocasiões compreendi
Tínhamos feito um pacto mudo e cruel
Ignorávamos a noção do tempo
Tínhamos feito um pacto mudo e cruel
Ignorávamos a noção do tempo
Ocupávamos o espaço mais inexistente possível
Vivíamos tão quase imobilizadas
Que reparávamos nas menores mudanças
Que reparávamos nas menores mudanças
Assim
Abandonamos as lembranças
Abandonamos as lembranças
Esquecemos inteiramente de como éramos na adolescência
Era como se fôssemos sempre assim
No exato momento em que vivíamos
Não sonhávamos com o futuro
Caímos numa inexorável existência presente
No exato momento em que vivíamos
Não sonhávamos com o futuro
Caímos numa inexorável existência presente
Uma gargalhada esvaziou mais um espaço denso e fez os objetos caírem num desuso sem precedentes
Aquele estrondo se espalhou desde o ventre e levou todos os infernos em seu eco
Não se objetiva assim uma tão grande dor
Deixa-me seduzir
Fora com esta crença
TUDO FORA EM VÃO
Às duas da madrugada ainda pensando
Caminhávamos sem sair do lugar
Caminhávamos sem sair do lugar
Isso se tornara apaixonante
Convivíamos satiricamente com esta desesperança
Simplesmente não esperávamos um dia noites
Longínqua repetição anacrônica
delicada
seria se não fosse
tão pesada
Parecia que a dor do mundo se despojava aos nossos pés
delicada
seria se não fosse
tão pesada
Parecia que a dor do mundo se despojava aos nossos pés
E nós?
O futuro a Deus pertence
O futuro a Deus pertence
ADEUS
O Futuro Pertence
Adeus presente adeus
pertence o presente esquecera seus pertences no futuro momento em que se desesperara e sem encontrar solução nos breves instantes de perplexidade entregou-se ao adeus
disse adeus à sua autoridade interna
chorou durante toda a noite rezou para Santa Cecília e se viu cantando no coro da igreja depois não conseguiu lembrar-se de mais nada compreendeu que estava só corria corria corria tentava segurar uma borboleta que não parava de-flor-em-flor mas dava a impressão de querer ser alcançada Ficou sem fôlego parou num lugar desconhecido a sensação era a de ter chegado depois nada
O futuro a Deus pertence
ADEUS
O Futuro Pertence
Adeus presente adeus
pertence o presente esquecera seus pertences no futuro momento em que se desesperara e sem encontrar solução nos breves instantes de perplexidade entregou-se ao adeus
disse adeus à sua autoridade interna
chorou durante toda a noite rezou para Santa Cecília e se viu cantando no coro da igreja depois não conseguiu lembrar-se de mais nada compreendeu que estava só corria corria corria tentava segurar uma borboleta que não parava de-flor-em-flor mas dava a impressão de querer ser alcançada Ficou sem fôlego parou num lugar desconhecido a sensação era a de ter chegado depois nada
Quando deu por si procurou sentir novamente aquela onda quebrando na rotina
Lembrou dos sapatos amarelos e dos momentos na frente do espelho
Lembrou dos sapatos amarelos e dos momentos na frente do espelho
Sempre tentei evitar esse assunto
É tão fascinante este silêncio
É tão fascinante este silêncio
É só ouvir
Mais nada
Mais nada
Razões silenciosas caem como gotas de mel
Mas o coração duvida
Mas o coração duvida
Procura-se no escuro do poço apenas o fundo
O fundo não tem fundos
Eis o bagaço do vazio infra-mundo
Quem me dera ceder a essas carícias enigmáticas...
Fingirei que não quero mais nada
Recusarei todas as conveniências
Imigrações de insetos na mira do horizonte
Z com A maiúsculo
Apenas uma fórmula qualquer para puxar pensamentos tardios e mentirosos
Há somente uma única esperança guardada aqui na boca
Tudo vai depender apenas da voracidade da fala
Quem está ali?
E eu não posso
E eu não posso
Olham e riem de mim as naturezas mais estranhas
Sim o que fui não importa
Por isso mesmo continua a ser irrelevante
Suporte suposições
Não
Não
Não quero amenidades
Saem pelos meus olhos todos os objetos que por ali passaram
Mesas de pernas pro ar
Cadeiras postas de lado
Lençóis molhados
Flor do Nordeste o Algodão Agreste
Fios de mercúrios dizendo a febre do tesão
Fios de mercúrios dizendo a febre do tesão
Corpoincendiado
Sob o Soutien mamilos eretos
Olhando
Sob o Soutien mamilos eretos
Olhando
A Baía de Guanabara
Há de todos os santos
Bacias hidroelétricas
Bactérias Fungos Estafilococus
E o que mais?
O muuunnndo!
Você se basta
Eu sou você + tu + nós
E o produto somos todos os beijos
Quem sabe?
Os deuses me recebem e eu provo do néctar hem
Estalo a língua estranha aos seres
Igualzinha quando acordo em certas manhãs e quero morrer
Depois nem
sei
Imagino morrer só para ver as pessoas que amo sofrerem
Mas só um pouquinho
Queria vê-las reunidas à minha volta
com o último dos respeitos ou das temeridades
com o último dos respeitos ou das temeridades
Estariam enfim diante do meu total silêncio
Seus olhares sem retorno
às avessas como um tiro bem no cu da lata
Nunca tinha pensado antes que guardasse tanto ódio assim
às avessas como um tiro bem no cu da lata
Nunca tinha pensado antes que guardasse tanto ódio assim
Quase um gozo
quando imaginei que não seria o meu silêncio que as incomodaria
quando imaginei que não seria o meu silêncio que as incomodaria
Mas o silêncio delas em mim
Fiquei horas assim feito uma parede sem ressonâncias
Um objeto inerte de olhar atônito infinitamente
Pra-dentro pró-fundo pré-abismo
pras-coisas-desconhecidas-de-tudo
pras-coisas-desconhecidas-de-tudo
Esse tipo de expressividade às vezes me assusta
Pensou alto
Pensou alto
Você sempre fala o que lhe chega dos miolos
Sem consideração alguma
Já lhe falei outrora
agora
que não passe pela contramão do meu entendimento
agora
que não passe pela contramão do meu entendimento
Pensou baixo
Depois
Continuou imaginando
Mas eu sou tão boba
Esse ódio parece tão disfarçado em idolatria...
Fernando mandou dizer por Álvaro
que depois da angústia
depois do horror
depois do velar
depois do lamento
da trágica retirada para a cova
que depois da angústia
depois do horror
depois do velar
depois do lamento
da trágica retirada para a cova
vem logo depois
"o princípio da morte da tua memória"
Aparece primeiro a forma de um alívio
depois
as conversas cotidianas
embrulhadas na rotina teceriam o esquecimento
embrulhadas na rotina teceriam o esquecimento
Em seguida ao espanto inicial
eu viraria uma página virada na vida de todos
Aí é que seria engraçado
Eu despertando daquela catalepsia desabonadora e irretocável
e as pessoas decepcionadas
e as pessoas decepcionadas
Como interromper um trabalho de luto?
Elas já teriam passado pelo pior ou pelo melhor
E eu já teria vagado pelas rotas imaginárias à deriva
extraviadas voltas à beira do abismo presente em todos os lugares
e ao mesmo tempo
num oceano de realidades impossíveis de se ignorar
extraviadas voltas à beira do abismo presente em todos os lugares
e ao mesmo tempo
num oceano de realidades impossíveis de se ignorar
E a razão?
Podia tudo podia nada
E eu?
Sabia tudo sabia nada
Expulso idéias de perfeição e elevo as fantasias ao nível da curiosidade sem retorno sem satisfação
como se ignorasse o lugar
como se ignorasse o lugar
Como chegar?
Para que este enrodilhamento?
Eu só quero cagar em paz
Não quero um lugar na frase
Já esperei tanto tempo
e aquele telefonema?
e aquele telefonema?
Ultrapasso dias velozes
Quando observo os séculos pelo ponteiro do relógio
os segundos parecem cruéis
os segundos parecem cruéis
Naquele dia só pensei na morte
Era um dia interminável
Era um dia interminável
Olhando as flores percebi
as pétalas exibem horizontes perfumados
as pétalas exibem horizontes perfumados
Longínquo o horizonte dos beijos lá no fim da rua quando chego cansada a pé sem fôlego lívida de calor a te querer tanto quanto a um banho
Assim
Atingi os indícios mais simples deste caleidoscópio fantasmático
e espectral dos meus órgãos
Atingi os indícios mais simples deste caleidoscópio fantasmático
e espectral dos meus órgãos
Muitas vezes perco os contornos e não crio novas emoções
Fico
Inerte e procuro silenciosamente o fio de tantas lutas interiores esquecidas e por causa disto do esquecimento meu corpo se fixa na frente do telefone como se quisesse ver o toque
Imagino então aqueles dedos
Escrevem? Abrem torneiras? Tateiam zíperes? Tamborilam? Apontam? Tocam campainhas teclas itens? Deslizam?
Será que aqueles dedos murmuram?
Antes eu me imaginava toda natureza
Mas depois daquela conversa fui ficando muito próxima de tudo
Cada vez mais solitária nesta aproximação e no entanto mais ávida faminta preguiçosa cheia de palavras arrodeada de letras góticas
Olhando acontecimentos numa atitude de complacência
outras de coragem
outras de coragem
E nunca e nunca nunca satisfeita ou conformada
São 11 e meia
São 11 e meia
Mesmo dia?
E aquele telefonema?
Eu me exponho às expectativas
Nunca sei se devo esperar ou me deixar surpreender
Porém como esquecer tal desejo?
Ouvir aquela voz de um lugar qualquer
Apenas aquele som
vindo de um lugar de um corpo
que reconheço em fartas sensações
às vezes quentes
às vezes estranhas em certos lugares do meu corpo
preciso disto
não sei se é vício
coisas de paixões desordenadas
que reconheço em fartas sensações
às vezes quentes
às vezes estranhas em certos lugares do meu corpo
preciso disto
não sei se é vício
coisas de paixões desordenadas
Porque me disse que telefonaria às 11 em ponto pronto!
Eu espero desde desde desde
Porque falou que levaria todos os sentimentos às alturas da razão
Por tantas vezes fingir que sabia as origens de todos os males e os motivos de todos os bens
Por tudo quanto fez brilhar os olhos
calar os lábios
fustigar os sonhos
calar os lábios
fustigar os sonhos
Oh! Não
Finjo que tenho esperanças
Para onde eu vou?
Que apreciação essa de tomar nos braços
o personagem dos meus diálogos interiores?
Ainda bem ainda mal?
Tudo gira sem um querer reconhecível e controlável
Tudo gira sem um querer reconhecível e controlável
Elipse falso oculto
sem encontrar um antípoda qualquer
nalgum ponto esquecido
inencontrável
nalgum ponto esquecido
inencontrável
Não é fácil chegar a nenhum lugar
Urge Arre Urra
A RAZÃO FERE O CORAÇÃO
Hem?????????
Nem sempre nãos serão Nãos
Fugir Fugir Fugir
Cair no abismo louco de cair
Cair Cair Cair
Até onde não houver mais questões
Essa marca
Essa dor que não passa
VACA!
Herança de uma fera o que restou das mordidas
de tudo quanto deixaram as partidas
Essa ausência plena em sua presença nítida como um girassol
Essa ausência plena em sua presença nítida como um girassol
O dia claro desalmado enquanto a alma esperançosa e lânguida como só as almas podem esperar é próprio das almas
As folhas brancas as de papel sim as de papel
Limpas prontas Alvas mallarmeânicas
Com as pernas abertas pra qualquer RABISCO que aparecer
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Beijo qualquer imagem dos meus deuses íntimos
Íntimos como amigos íntimos
Íntimos
Eis uma xícara em seu pires no seu plano mira
Do olhar que pesca amenidades
E antes eu tinha pensado que não queria amenidades
Mas não resisti ao pires com a xícara em suas mãos
A xícara que jamais voaria.
Não porque fosse uma xícara
mas
porque só lhe deram uma asa
Não porque fosse uma xícara
mas
porque só lhe deram uma asa
OH! manhãs
Vejo os objetos brotarem como flores frutos
ou
qualquer ser criado
pela natureza
Porque criei esta ausência?????
ou
qualquer ser criado
pela natureza
Porque criei esta ausência?????
Nunca visitei uma fábrica
A cultura é um milagre
Meus santos são os operários os cientistas os arquitetos
Também serão demônios os cientistas
Culpo
Culpo
A mágoa o tédio
Só amo
a preguiça
ou bichinho precioso
Só amo
a preguiça
ou bichinho precioso
Desconhecimentos
Confio em tudo enquanto não digo nada
Desconto
sofro e não sofro
sofro e não sofro
Gozo só de ouvir
soletrar as letras do seu nome
soletrar as letras do seu nome
Conheço as lágrimas sem chorar
Mas um pouco diferente daquela lágrima que molha
a Ode Elementar de Neruda à Cebola
Mas um pouco diferente daquela lágrima que molha
a Ode Elementar de Neruda à Cebola
Voltarei
Não do verbo voltar mas do verbo vagar
Força minha filha
Deixo você e digo: Até breve Vou sem querer
IR IR IR
RIR RIR RIR
No avesso do prazer sem fim onde a pele fere
Onde os sentidos pelo espírito carnal do tempo pede
Mas só ganha flores de acrílico
Quem nasceu assim tão nítido?
Não há loucura maior só as carícias
A paixão cabe nas palmas das mãos
A paixão incarna
A paixão incarna
Perfume abstrato internamente se alastra
OPUs OPUs OPUs
Atrás da orelha tem um segredo
Eu te disse!
Dormias...
Mas ouviste
Penso NOVAMENTE
em
como tudo foi acontecendo aos poucos e tu?
em
como tudo foi acontecendo aos poucos e tu?
Nem vias meus olhos náufragos
querida
querida
Fico louca quando me olhas assim
Sinto em mim o quanto poderias me dar prazer
Perdi a educação que me deram
perdi o cartão de embarque
Perdi o fio o medo e a coragem
Minha vergonha se perdeu pelas interfaces
Minha vergonha se perdeu pelas interfaces
Corri tantos riscos...
Venceram as forças estranhas
Tantas bobagens alicerçadas
Sombrios os dias apaziguadoras sombras
Em nenhum momento vinhas
Tantos desejos jogados ali
pisados varridos calados
pisados varridos calados
O pensamento finalmente dorme
e se espreguiça entre estáticos pontos de esquecimentos
No fundo opaco enganador
Teu vulto escandido e resplandescente
como um grito no escuro
uma carícia não identificada
Só o rastro
Acreditei em tudo que me fez cair depois arrependida
Chute nas ilusões
Quantas coisas desconcertantes inutilmente trágicas
Louça posta mesa
sacra
E a rua deserta
O amor está tão próximo que eu poderia fazê-lo
cair em mim com o mais ousado suspiro
com qualquer movimento
a não ser este que me expõe ao desejo
inteiramente solitária e muda
cair em mim com o mais ousado suspiro
com qualquer movimento
a não ser este que me expõe ao desejo
inteiramente solitária e muda
Não há como abraçar
a impossibilidade do gesto é incomensuravelmente forte
Mais forte que as vontades
Apenas por ser essas vontades tão fortes
Odeio tudo que nos impede o beijo
Odeio isto que excede o toque e me deixa assim inversamente tola
Odeio eu
Odeio todos os meus pensamentos
Eu queria ser filha do vazio
Eu queria fazer calar esse pensamento de repente
Secreto jogo de fixar morto o momento ao se perder em sorrisos ambíguos
Esmagadores gestos
Esmagadores gestos
Enganadores reflexos
Inteiramente árdua
impossibilidade assim tão nua
O que poderia acontecer
para nos entregar às inevitáveis risadas sem fôlego
Inteiramente árdua
impossibilidade assim tão nua
Quisera tanto essa quimera
Encontrar-nos ali entre os nossos corpos apaixonados
O que poderia acontecer
para nos entregar às inevitáveis risadas sem fôlego
Quisera ver de novo aquele olhar ao me ver
Quisera ver aquele olhar a olhar-me
Estarei sempre imaginando assim
Ao sorrir maliciosamente
Quem me dera ter escrever impetuosamente frágil
De quem é a culpa?
Cala-me num beijo!
A vida acontece onde o sol é aquele olhar queimando a minha vida
Desmancha meus pensamentos com teu perfume
Quando apareces tudo se perfuma à nossa volta
A CAMPAINHA TOCA
Ou será o telefone que toca?
SOU DE FORA ME DEIXE ENTRAR
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