A FEIRA GRANDE DE CAMPINA
GRANDE, Paraíba, foi inscrita
pelo IPHAN, no Livro de Registro dos Lugares, com o título de Patrimônio Cultural do Brasil, em 27 de
setembro de 2017
PARCERIA COM HERMETO PASCOAL
Teatro Rival Fui convidada para participar de seu concerto Me acompanhou com um berrante. 2006 Foto de Cláudia Ferreira |
A FEIRA GRANDE DE CAMPINA GRANDE
Música Hermeto Pascoal
Letra Numa Ciro
Quero lhe mostrar nessa cantiga:
Foi na feira de Campina
Onde o mundo se criou.
Ouça com atenção! Na minha vida,
Não vi coisa mais divina
Quando um cego anunciou:
Quem se aventurar nesse mercado,
Deixe aqui o seu trocado
Pelo nome de Jesus.
Eu não tive a vossa alegria
De ganhar a luz do dia.
A cegueira é minha luz.
Quase num milagre a vista alcança
Os detalhes de uma trança de cebola ou alfenim.
Acocorando escolhe coisinhas de barro
Só pensando na virtude desta mão que fez assim.
No labirinto do roteiro encomendado
Inverte a ordem do traçado quem começa pelo fim.
Corro na barraca de Zumira,
Vou buscar a lamparina,
Severina encomendou.
Olho para os lados, vejo briga,
Não é nada, é a pechincha:
Nada besta o comprador.
Quero visitar seu Aluísio
E comprar queijo de manteiga,
Apelidado de Romeu.
Quando ele se junta com o doce de goiaba,
Julieta,
Casa quem disso comeu...
Para comprar bode novo tem lei:
Pai de chiqueiro, cuidado!
O cheiro é desagradável demais, porem,
Buchada é prato de rei.Pois, é.
Dê outra volta pra gula vestir
Carne-de-sol posta em mantas
E as linguiças, gravatas, são fashion, sei:
Luiz cantou isso outra vez.
Bonecas de pano,
Panelas de barro,
Califon de moça,
Vestidos engomados.
Pro recém-nascido: Toquinha e Casaco.
Barbeiros "Péla Porco" embelezam o passado.
Futuro é do tempo,
Fartura é de agora.
Quem vem nessa feira vadia pela hora.
Quem pega em rodilha não teme o balaio.
Fumo de rolo e Cachaça espanta o cansaço.
Quanto cobra pelo frete?
Eu lhe pago em dobrado
E dou mil pro assovio.
Jabuticaba, Cajá, Mimo-do-céu;
Abacaxi, Macaíba,
Quebra-queixo, Pitomba, Castanha e Mel;
Queijo-de-coalho e Beiju.
Côco-catolé, Caju, Sapoti;
Fuba de milho, Sequilho, Rapadura
Mangaba, Graviola, Umbu;
Manteiga-da-terra e Mastruz.
Bonecas de pano,
Panelas de barro,
Califon de moça,
Vestidos engomados.
Pro recém-nascido: Toquinha e Casaco.
Barbeiros "Péla Porco" embelezam o passado.
Futuro é do tempo,
Fartura é de agora.
Quem vem nessa feira vadia pela hora.
Quem pega em rodilha não teme o balaio.
Fumo de rolo e Cachaça espanta o cansaço.
Quanto cobra pelo frete?
Eu lhe pago em dobrado
e dou mil pro assovio.
Não deixe a Feira sumir
Não deixe a Feira acabar
Campina Grande é ali
Grande é a feira de lá
Irene, num quadro,
A Feira imortalizou.
Irene não morre
É imortal quem pintou
Não deixe a Feira sumir
Não deixe a Feira acabar
Campina Grande é ali
Grande é a feira de lá
Irene, num quadro,
A Feira imortalizou.
Irene não morre
É imortal quem pintou
Na Feira
Grande, o primeiro Gramofone
foi o tal
“bicho falante” que a cidade conheceu.
Primeiras salas
de cinema inauguradas
Foi na Feira de
Campina que a imagem se mexeu
Na Feira Grande
de Campina Grande cantam
Asa branca,
Miudinho, Bem-te-vi, meu Sabiá.
Até o Galo de
Campina se casou
Com a Noivinha Coroada e fizeram ninho lá.
Com a Noivinha Coroada e fizeram ninho lá.
P’a quem quiser tocar na feira:
Na feira encontra a condição.
Tem fole e sopro cordas e teclas.
O que não falta é percussão.
Foto de Cláudia Ferreira
Gravada no Estúdio de Ricardo Calafate
Arranjo de Itiberê
Músicos de sua orquestra
Vozes de Numa Ciro
Socorro Lira
e
Tadeu Mathias
Coro Lan Lanh, Jussara Silveira, Bia, Numa, Alba Lírio
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário