FLAVIOLA
Trecho final de Ulisses, o Monólogo de Molly Bloom - Tradução de Antônio Houaiss
Musicado por Flaviola
Voz: Numa Ciro
http://www.radiobatuta.com.br/Episodes/view/1068
Link para assistir o programa de Eucanaã Ferraz
A VOZ HUMANA
na Rádio Batuta
IMS - Instituto Moreira Sales
Vozes para James Joyce - quase Bloomsday
(...) eu dei a ele um
pouquinho do bolinho de cheiro da minha boca e era ano bissexto como agora sim dezesseis anos atrás meu Deus depois
desse beijo longo eu quase perdi minha respiração sim ele disse que eu era uma
flor da montanha sim assim a gente é uma flor todo o corpo de uma mulher sim
essa foi uma coisa verdadeira que ele disse na vida dele e o sol brilha para você
hoje isso foi porque eu gostei dele porque eu via que ele entendia ou sentia o
que era uma mulher eu sabia que eu podia dar um jeito nele e eu dei a ele todo
o prazer que eu podia levando ele até que ele me pediu pra dizer sim e eu não
queria responder só olhando para o mar e o céu eu estava pensando em tantas
coisas (...) eu mocinha onde eu era uma Flor da montanha sim quando eu punha a
rosa em minha cabeleira como as garotas andaluzas costumavam ou devo usar uma
vermelha sim e como ele me beijou contra a muralha mourisca e eu pensei tão bem
a ele como a outro e então eu pedi a ele com os meus olhos para pedir de novo
sim e então ele me pediu quereria eu sim dizer sim minha flor da montanha e
primeiro eu pus os meus braços em torno dele sim e eu puxei ele pra baixo pra
mim para ele poder sentir meus peitos todos perfume sim o coração batia como
louco sim eu disse sim eu quero Sims.
Trieste-Zurique-Paris,
1914-1921
Lançamento do livro de Neide Arcanjo
Numa Ciro e Flaviola
Consulado Português - Rio de Janeiro
Concerto para Archanjo
Lançamento do livro As Marinhas, de Neide Archanjo
Poemas musicados por Flaviola
01. Canto Fúnebre
02. O Tempo
03. Noite
04. Desespero
05. Canção do Outono
06. Do Amigo
07. Brilhante Estrela
08. Como os Bois
09. Palavras
10. Balalaica
11. Olhos
12. Romance da Lua
13. Asas

Hildebrando de Castro
Numa Ciro e Flaviola
Consulado Português - Rio de Janeiro
Concerto para Archanjo
Lançamento do livro As Marinhas, de Neide Archanjo
Poemas musicados por Flaviola
Flaviola e O Bando do Sol - Flaviola e O Bando do Sol
Rozenblit – 1974
Mais um daqueles momentos mágicos da música brasileira.
Flaviola e O Bando do Sol apresenta lampejos de pura genialidade e nos mostra, mais intimamente, a linda atmosfera da nossa arte, tão bem reproduzida na década de 70. Com esse trabalho, temos mais uma amostra do quão poderosa é a música nordestina e como seus ilustres artistas são imensamente talentosos e sensíveis.
Encontramos aqui um trabalho predominantemente acústico, com rica poesia e instrumentos mais líricos (flauta,violas, violões) que fazem toda a diferença na sonoridade folk psicodélico.
Frequentemente, Flaviola e O Bando do Sol é comparado aos também clássicos Paêbirú do Lula Côrtes e Zé Ramalho e No Sub Reino dos Metazoários do Marconi Notaro. Essa comparação faz sentido, a estética é a mesma e as três obras-primas foram produzidas quase no mesmo período, porém, é necessário um cuidado para não reduzir o brilho desse trabalho, que mostra sim uma originalidade, principalmente pela voz carismática de Flaviola, um dos grandes gênios que já surgiram no país.
Obviamente, muito dessa grandiosidade, tem referência direta com o time de músicos que foi escalado para tocar. Além de Flávio de Lira (Flaviola), podemos apreciar a arte dos incomparáveis Robertinho do Recife, Zé da Flauta, Paulo Raphael e do próprio Lula Côrtes, que realmente, estava num momento iluminado.
É terminantemente impossível escolher as melhores músicas do disco, já que todas são bem representativas e cada uma realça um estado de espírito, uma forma exclusiva de evidenciar a arte de viver. De qualquer forma, podemos selecionar algumas delas que são absurdamente lindas e inspiradas, que atingem a perfeição.
A instrumental “Canto Fúnebre” teve a missão de iniciar essa bela viagem musical e no final, acaba fazendo muito mais, nos emociona profundamente. Um tema divino!
As canções “O Tempo” e “Noite” são semelhantes, mesma poesia e levada folk e se completam entre si. Já “Desespero” tem tudo pra ser o principal tema, não só pela belíssima melodia, mas também por abordar um tema complexo: o lamento diante da solidão e o imenso vazio causado por ela. “Canção do Outono” vem reforçar essa idéia e o faz com maestria.
“Do Amigo”, coloca o sentimento de amizade verdadeira como algo inabalável, como a cura para a tristeza no mundo. Será que há como duvidarmos disso? Acredito que não!!
“Olhos” (clara influência na música do Lenine, Zeca Baleiro, entre outros), “Romance da Lua” (uma adaptação de um poema de García Lorca) e “Asas” (personificação da música nordestina, pós Tropicalismo) são as demais canções que contribuem, decisivamente, para a riqueza e também para o grande alcance da obra.
Flaviola e O Bando do Sol é de fato um trabalho atemporal, que pode ser ouvido em qualquer tempo em qualquer lugar e causam a mesma sensação de prazer absoluto. Não é a toa que é reconhecido mundialmente, como uma das grandes pérolas da música brasileira. Mais do que justo.
No mais, só temos que agradecer a esses grandes artistas, por terem concebido um álbum tão valioso e importante e torcer para que os ensinamentos proferidos por eles continuem atingido o coração dos amantes da boa música, também nas próximas gerações.
Por Fabiano Oliveira
Rozenblit – 1974
Mais um daqueles momentos mágicos da música brasileira.
Flaviola e O Bando do Sol apresenta lampejos de pura genialidade e nos mostra, mais intimamente, a linda atmosfera da nossa arte, tão bem reproduzida na década de 70. Com esse trabalho, temos mais uma amostra do quão poderosa é a música nordestina e como seus ilustres artistas são imensamente talentosos e sensíveis.
Encontramos aqui um trabalho predominantemente acústico, com rica poesia e instrumentos mais líricos (flauta,violas, violões) que fazem toda a diferença na sonoridade folk psicodélico.
Frequentemente, Flaviola e O Bando do Sol é comparado aos também clássicos Paêbirú do Lula Côrtes e Zé Ramalho e No Sub Reino dos Metazoários do Marconi Notaro. Essa comparação faz sentido, a estética é a mesma e as três obras-primas foram produzidas quase no mesmo período, porém, é necessário um cuidado para não reduzir o brilho desse trabalho, que mostra sim uma originalidade, principalmente pela voz carismática de Flaviola, um dos grandes gênios que já surgiram no país.
Obviamente, muito dessa grandiosidade, tem referência direta com o time de músicos que foi escalado para tocar. Além de Flávio de Lira (Flaviola), podemos apreciar a arte dos incomparáveis Robertinho do Recife, Zé da Flauta, Paulo Raphael e do próprio Lula Côrtes, que realmente, estava num momento iluminado.
É terminantemente impossível escolher as melhores músicas do disco, já que todas são bem representativas e cada uma realça um estado de espírito, uma forma exclusiva de evidenciar a arte de viver. De qualquer forma, podemos selecionar algumas delas que são absurdamente lindas e inspiradas, que atingem a perfeição.
A instrumental “Canto Fúnebre” teve a missão de iniciar essa bela viagem musical e no final, acaba fazendo muito mais, nos emociona profundamente. Um tema divino!
As canções “O Tempo” e “Noite” são semelhantes, mesma poesia e levada folk e se completam entre si. Já “Desespero” tem tudo pra ser o principal tema, não só pela belíssima melodia, mas também por abordar um tema complexo: o lamento diante da solidão e o imenso vazio causado por ela. “Canção do Outono” vem reforçar essa idéia e o faz com maestria.
“Do Amigo”, coloca o sentimento de amizade verdadeira como algo inabalável, como a cura para a tristeza no mundo. Será que há como duvidarmos disso? Acredito que não!!
“Olhos” (clara influência na música do Lenine, Zeca Baleiro, entre outros), “Romance da Lua” (uma adaptação de um poema de García Lorca) e “Asas” (personificação da música nordestina, pós Tropicalismo) são as demais canções que contribuem, decisivamente, para a riqueza e também para o grande alcance da obra.
Flaviola e O Bando do Sol é de fato um trabalho atemporal, que pode ser ouvido em qualquer tempo em qualquer lugar e causam a mesma sensação de prazer absoluto. Não é a toa que é reconhecido mundialmente, como uma das grandes pérolas da música brasileira. Mais do que justo.
No mais, só temos que agradecer a esses grandes artistas, por terem concebido um álbum tão valioso e importante e torcer para que os ensinamentos proferidos por eles continuem atingido o coração dos amantes da boa música, também nas próximas gerações.
Por Fabiano Oliveira
Ouça o disco
https://www.youtube.com/watch?v=nkSIUfewixQ
01. Canto Fúnebre
02. O Tempo
03. Noite
04. Desespero
05. Canção do Outono
06. Do Amigo
07. Brilhante Estrela
08. Como os Bois
09. Palavras
10. Balalaica
11. Olhos
12. Romance da Lua
13. Asas

Hildebrando de Castro
OS QUATRO ELEMENTOS NA BEIRA DO MAR
Música de Flaviola
Letra de Numa Ciro
Música de Flaviola
Letra de Numa Ciro
Para
Maria Bethânia
Para
Maria Bethânia
Hildebrando de Castro - Sem título - 2011
ÁGUA
Navego ba(r)cante nas águas do tempo
Carrancada na proa pantomimo feições
Os ventos marinhos me assopram Camões
Procuro tesouros nas dobras do vento
No abismo dos sonhos sereias invento
De vozes mais lindas que a luz do luar
Cem vezes me atiro sem medos de amar
Mil vezes naufrago mil redes me pescam
Cavalos-marinhos fogosos me cercam
Dançando galope na beira do mar
Hildebrando de Castro
AR
Avôo rasante nas ondas do tempo
Ícaro às avessas no rumo cangaço
Dumont fez os Santos com asas de aço
Eu faço ciranda no giro do vento
O impulso do vôo é um só movimento
Um segundo só basta pro amor se olhar
Se no ar desse olhar o desejo falar
Pelos poros e até pelos cinco sentidos
Eu salvo do fim os amores perdidos
Rezando galope na beira do mar
Hildebrando de Castro / Sem título, 2010
FOGO
Dançando me jogo no fogo do tempo
Labaredas de fúria na paisagem Sertão
Nas brasas da língua o verso de João
Cabral nas veredas andando ao relento
A sede do cão na quentura do vento
Espinho foi laser pro crivo bordar
Toalhas de linho lençóis pra casar
Caatingas são dores que a seca esculpiu
Pelo fogo do amor feito cega me enfio
Dizendo galope na beira do mar
Hildebrando de Castro
TERRA
Caminho lavrada nas léguas do tempo
Arrancada do chão Vitalino meu umbigo
Na soleira da aurora procuro um abrigo
O adeus vem do aço do ferro e cimento
O leite das pedras produz meu sustento
Destino do bom é amor carregar
Se no alto da sorte o amor me beijar
Eu arranco do barro o formato do ninho
Eu misturo o sagrado ao profano carinho
Cantando galope na beira do mar
O Rap-Xote do Engraxate
Gustavo e Leonardo
Os Irmãos Duarte
Criadores da produtora PLUS ULTRA
Escrevi este poema musicado por Flaviola para o Documentário O Engraxate, 2002, dos Irmãos cineastas, premiado no Festival em Brasília.
“ELE SÓ TEM EU POR MIM”
ou
O Rap-Xote do Engraxate
Sentado eu finjo que me deito
Adormeço no colo da calçada
Se o batente é minha cama disfarçada
Cruzo os braços e faço travesseiro
Até sonho que engraxo o meu destino
Esfregando o meu sapato Aladino
Esfregando o meu sapato Aladino
Visto asas de anjo e experimento
Um encontro com Carlitos sonolento
No seu sonho de anjo bailarino


Naquele filme era ele e o menino
O amor do mundo entre os dois
Ódio do mundo contra os dois
Como eu e meu irmão num só destino
Desmentindo redemunho luciferino
Vidas secas forjadas no capricho
De tratar um homem feito bicho
Carecendo de alma pra sofrer
Pois eu digo e engraxo meu dizer
Eu enfrento dor de homem feito bicho
Eu enfrento dor de homem feito bicho
Eu sou filho de um homem, não sou bicho.
Minha terra dá garganta aos seus cantores.
Nossa mãe, pastora de louvores,
Veste saia bordada de carrapicho.
Ela manda carta escrita no capricho e diz:
– Meus filhos, eu lhes dou minha benção!
Eu respondo engraxando o coração:
Meu irmão está preso sem ser ruim
E se ele só tem eu pra ser por mim
Eu trabalho pra livrar o meu irmão
Eu trabalho pra livrar o meu irmão


Musical
Francisco de Assis
SANTO AMOR
Música Flaviola
Letra Numa Ciro
Letra Numa Ciro
De onde vem essa
luz e me alcança
Onde fui apenas
sombra dos meus passos?
Quem me chama nas
vozes desses pássaros?
O silêncio me
veste de esperança
Conduz meu sonho
oh Santo Amor
O dia canta a
oração do sol
A lua reza
A noite
pronuncia
Quem me guia?
Quem me guia?
Onde estive não havia nem sinal de vida
Nem sabia do Amor Sagrado as alegrias
Oh Santo Amor!
Oh Santo Amor!
Oh Santo Amor!
Oh Santo Amor!
Oh Santo Amor!
Oh Santo Amor!
Acende a fogueira da promessa em meu peito
Onde a dúvida de tudo me atravessa
Conduz meu sonho oh Santo Amor
Oh Santo Amor
Oh Santo Amor
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