AEROGRAMA PARA LISBOA
Numa Ciro
Lisboa
Esbanjas beleza
Esbanjas beleza
Tão longe da minha casa
Invejo as tuas gaivotas
Em sonhos lhes roubo as asas
Lisboa
Serias francesa
Serias francesa
Se o Tejo afogasse a saudade
Minha voz te fez brasileira
No Teatro da Trindade
Na peleja com a língua
Onde cantei Eça Saudade
Passei um tempo em Lisboa
O tempo das quatro estações
Morava na Rua de Amália
Lá se escondia Camões
Levou-me a pecar na Madragoa
Tomamos o licor do Santo Rio
Então vimos Fernando
Em Pessoa
Em Pessoa
Sentado à janela...
O coração na mão...
A tomar Ginjinha do Rossio
Entreguei minh’ alma desarmada
Aos fados vadios de Alfama
Roubei dos fados a saudade
Que havia em cada aerograma
Mergulhei entre Oeiras e Almada
E o Tejo abraçou-me com vontade
Era
eu quem nele desaguava
Fui
sereia
E
a minha voz
Eu
roubei da cotovia que cantava
Nas asas de uma gaivota
ResponderExcluirbatem saudades de Numa
de sua querida Lisboa.
Saudades que vão na rota
de um Tejo de doces desejos
que um sereia entoa.
Lindas palavras em verso
ResponderExcluirfez ecoar sentimentos
na sereia que mergulha
no fundo dos pensamentos
A sereia que mergulha
ResponderExcluirno fundo do coração
traz lembranças de outros Tejos
muito amor, muita paixão...